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GILDON OLIVEIRA

Homem Cis Negro e gay. Brasileiro. Nordestino. Nascido no interior do estado da Bahia. Renascido na cidade de Salvador. Corpo jovem habitado por um espírito muito velho. Não anda só... Segue aquilombando, representando e dando nome e assim veio do baixo profundo da vida e chegou lá. É a Shonda Rimes do dendê! O Ryan Murphe do axé! Criador do especial de TV “Beleza da Noite” GloboPlay (2022). Professor, pesquisador, consultor e artista. Doutor e Mestre em artes cênicas pelo Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas da Universidade Federal da Bahia (UFBA) tendo como linha de pesquisa a dramaturgia. Especialista em Roteiros para Audiovisual. Indicado 4 vezes ao Prêmio Braskem de Teatro – Categoria Melhor Texto. No poço profundo da breguice, da comédia e do melodrama está afundado até o pescoço com orgulho, luxo e satisfação. Criando obras para teatro, cinema e televisão desde 2010 e indo do riso à lágrima acreditando que a arte provoca sentidos, mas a vida... Sempre supera a dramaturgia! Usa a escrita dramática como estratégia política para modificar imaginários porque é fundamental mostrar em gêneros de ficção variados as mais diferentes existências negras afropotentes. 

Avesso

Peça destinada ao público infanto-juvenil escrita em época de avanço de violências e ameaças aos direitos humanos e ao bem estar comum e social no Brasil, Bahia, de 2016. Enredo: Cecília, uma jovem que nasceu com as amígdalas calcificadas, não pode sentir medo imediato, sistema de alerta e defesa do organismo. Assim sendo, percebe pessoas paralisando à sua volta pela ação de um medo cada vez maior, mais forte e materializado/personificado. Auxiliada pela obnubilação, Cecília, consegue entrar na cabeça do pai e posteriormente da irmã para ajudá-los a controlar os medos particulares que eles carregam. O pai teme o futuro e a irmã teme assumir-se transexual. No final da trama, Cecília é surpreendida ao ver-se vítima do medo metamorfoseado de saudade. Reconhecendo sua fraqueza, e ajudada por suas memórias, Cecília consegue entender que o medo age e pode ter diversas formas, mas que é possível, e às vezes necessário, conviver com ele para assim tomar controle da vida. Em suma, a peça trata dos medos adquiridos pelas vicissitudes e as formas de enfrentamento desses medos, destacando o autoconhecimento e a coletividade como estratégias de sobrevivência e permanência.

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